Compositor: Não Disponível
Ele chegou, somente uma hora adiantado ao amanhecer;
Ele trouxe nos ombros tristezas e primaveras.
Apertava os olhos para a lua, franzia a testa para as núvens,
Contornava a vila contra o sol,
E os ventos estavam calados nas escarpas verdes,
E pássaros de guarda vigiavam as árvores.
Você não é nosso - fogos agitavam-se nas janelas azuis.
Você venderá, você trairá por uma moeda, sabiam eles.
Bateu na porta ali onde as cerejas amadureciam,
Porta daquela que cantava e fazia colares de miçangas,
Onde os animais brincavam, as penas dançavam,
As folhas murmuraram sobre o visitante que não foi chamado:
Você é estranho, é diferente, não é meu, não é querido.
Mas espere, lá fora está chovendo, não vá, não pense.
Onde está a sua memória - junção de argolas de estanho?
Onde está o seu coração - sininho de prata?
Deixou cair no caminho, pagou na taberna,
Os ladrões tomaram além da montanha parda;
Eu te deixei entrar, eu te perdoei,
Não lamente o coração - eu forjarei outro.
Como conhecer, segurar o andarilho?
Hospedar, seduzir, não deixar se libertar...
As montanhas esperavam a primavera, mandavam o sol atrás dela.
Os pinheiros sonhavam virarem mastros de navios.
Na soleira, largou um monte de primaveras,
Mal ela se voltou - ele já está longe,
E o ninho vazio no galho do carvalho
O sininho-coração foi levado por um pássaro.
E não precisa chamar, pois suas palavras são como grama sob os pés.
Como junco, grito de ave, só um instante do caminho.
O vento expulsa para o leste, através de águas e areia, Através da seiva amarga da losna.
Não dá para alcançar, não dá para agarrar, não dá para descobrir o seu nome...