Voron (tradução)

Original


Melnitsa

Compositor: Não Disponível

Sobre cadeias rochosas,
Onde há neve em julho,
Sobre florestas de abetos,
Que se atreveram a subir,

Sobre pedra coberta de musgo, sobre o córrego,
Onde o sol arde quente,

Nas correntes ascendentes,
Negro como carvão,
Negro como noite dos cegos,
Eu vi, como voa o corvo -
Nos céus de vidro azul
Duas asas negras sobre mim.

Conte-me, corvo,
Conte-me alado,
Onde acharei uma montanha,
Que esconde o ouro,
Perto de que floresta,
Sobre que rio,
Eu morrerei em breve,
Sob que avalanche.

Em breve faz um ano que eu deixei
A embriaguez das cidades sujas,
E dirigi os meus passos
A estes desfiladeiros selvagens.

Não desenrolará o novelo de pedra
Aquele que não foi solitário por muito tempo.

Sou louco? Mas então!
Não mais louco que as montanhas.
Tarde! Não se deve pensar aqui!
Agora, eu serei como o corvo:

Nos céus de vidro azul
Haverá hoje duas vezes duas asas.

Ajudem, montanhas,
A juntar todas as forças!
Me dê uma pena, corvo,
Para as minhas asas,
Me dê forças para subir
Sobre a encosta rochosa,
Me deixe fugir
Da minha perseguição.

Gritos roucos me substituirão
O que antes eram palavras.
Me respondera o rugido ameaçador
De todos os vulcões no severo,

Antes incompreensível para mim,
Dialeto do fogo subterrâneo.

Refletindo perfeitamente
Nas lagoas de gelo da dor,
Como relâmpago, num instante
O coração se libertará.

Quem então achará minhas pegadas
Nos espelhos azuis da água?

Não procure, não vai achar
Nenhuma pegada na pedra!
Ouça, não vai perceber,
O que a água canta para mim.
Só sobre as montanhas,
Sobre a floresta de abetos,
Sobre gelos, neves
Voa o corvo negro.

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