Compositor: Não Disponível
Toda noite, eu, forte,
Odeio a torre real,
E a dor, mais furiosa que um polovets,
Mede o chão sujo com passos.
Sobre o choupo, formou um redemoinho
A fumaça ardente, como uma bandeira gasta;
A minha tristeza animal,
Eu a afogo em cerevja espumante.
Do beiral, mostra os dentes na janela
A lua que ainda não amadureceu;
Imagino, ouço o tempo todo:
Beba, querido, beba até o fundo!..
Beba, talvez dê certo,
Vai ganhar o que é seu,
Era um filhotinho, será um lobo,
Vento, sangue e prata.
Deu-se assim, não precisa se benzer -
Forjar as garras em ouro,
Era um gatinho, será um lince,
Faz a cama macia, mas é duro dormir!
Não venha para mim, desejada,
Não tente destrair o mal -
Fui enganado pela noite ébria,
Não aguentarei até a alvorada;
Oh, vou levantar, sair, bater a porta -
Silêncio em volta da vila -
As estrelas se desfazem em penas
Sobre as pegadas das patas com garras.
Cheiro apimentado da escuridão,
A pia amarga da floresta,
Você se chama de ursinho,
Cresceu, virou um animal feroz.
Beba, talvez dê certo,
Vai ganhar o que é seu,
Era um filhotinho, será um lobo,
Vento, sangue e prata.